sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Vamos pedalar, amigo?

200 anos em cima das bicicletas!

A Bike é um veículo de transporte - Ora, isto eu já sei! Quero dizer outra coisa. Ela é também um veículo de comunicação. Sobre ela não se faz só exercício corporal, há o linguístico: falar, cumprimentar e perguntar. Que exercício para a língua! E como a gente vai mais longe conversando!

Meu apelido para alguns colegas é Seu Zé fecha farmácia - não compro mais remédios.

Foi assim, batendo papo com o conhecido Dunga, que entrei em contato com o mountain bike. Precisava ver o entusiasmo dele pelas pedaladas. Não tive dúvida; cai dentro. É bem verdade que quase morri no primeiro passeio de 30 km, mas sobrevivi e não parei mais de pedalar. Dunga me prometeu levar por cem trilhas diferentes. Resultado: fiquei 20 kg mais magro, ganhei uma boa musculatura e minha pressão normalizou. Meu apelido para alguns colegas é “seu Zé fecha farmácia” - não compro mais remédios para mim.

Fiquei mais magro 20 kg, ganhei uma boa musculatura e minha pressão normalizou.

Ah! Sim, já andei toda a centena de trilhas e quanta coisa aprendi conversando com o Dunga, tanto sobre as técnicas do ciclismo como a respeito de botânica; ele é um profundo conhecedor das plantas. Ouvindo as explicações em pleno campo e enquanto pedalava, acabei adquirindo mais respeito pela ecologia. A bike é mesmo mágica.
Mas, como dizia, pedalar exercitando a língua é ótimo. Sobre a magrela me sinto tão feliz que vou cumprimentando todo mundo no caminho. Todo mundo mesmo! Um jovem que me acompanha me imita brincando: “Oi, cavalinho bonito! Para aí, cachorro bonito!” É mesmo, falo com a natureza e com meus irmãos humanos.

A bike faz dessas coisas - junta as pessoas, cria amizades duradouras.

E foi assim que conheci João Bosco. Num passeio a um quilombo ultrapassava um ciclista desconhecido quando botei minha língua pra funcionar: “Ei companheiro, vamos com a gente!” E ele foi! Nós conversando, e o tempo e a estrada passando sem a gente ver. Não deu outra, ficamos amigos. A bike faz dessas coisas - junta as pessoas, cria amizades duradouras.
Trocando ideias enquanto os pés movem o pedal me lembra outra coisa incrível. Íamos, eu e João, no ti-ti-ti por um caminho com uma subida bem inclinada, onde tem que se fazer bastante força no pedal e até pedalar em pé - no meu caso, bufando. E não foi que nós, no conversê, nem notamos a tal subida? Lá na frente me dei conta: “João, cadê a subida do Peixe?”
É assim. Andar de bike é um excelente exercício, mas com amigos ela se torna prazerosa e edificante. Nós três temos praticamente a mesma idade, nascemos antes da metade do século passado, em 1944. Gostamos quando ouvimos um jovem, conosco na trilha, comentar: “Vocês são um exemplo pra gente!” E não é pra ser?! Quando pedalamos juntos são quase 200 anos em cima das bicicletas! Não cansamos - nem de pedalar, nem de conversar – e, enquanto isto, multiplicamos os amigos e conhecidos!
Então, só me resta usar a língua e perguntar: “Vamos pedalar, amigo?”
(José Adal, João Bosco e Benedito (Dunga) fazem parte do Clube Adventure de Bike & Trekking de Volta Redonda – RJ. Os três são nascidos em 1944 e, portanto, completaram 67 anos em 2011)
Fonte: Revista Bicicleta por José Adal

Feriados 2015 – Bora pedalar?

As datas estão aí. Várias alternativas para ir para a estrada, trilhas ou até mesmo, curtir a cidade.
Foto: Anna Subbotina / Depositphotos
Motivos a mais para encarar caminhos mais longos dos que aqueles que realizamos aos finais de semana surgem em 2015, trazendo uma série de oportunidades para organizar sua saída mais distante ou visitar um roteiro que necessite de mais dias para ser percorrido.
Março e julho são meses atípicos no primeiro semestre, pois além dos finais de semana, não constam oficialmente feriados. Porém, já em abril, prepare sua agenda para o feriadão de Páscoa (3 a 5 de abril, sexta, sábado e domingo), Tiradentes (21 - terça-feira) e Descobrimento do Brasil (22 - quarta-feira), que poderão ser corridos para o final de semana subsequente, aumentando a estância de folga. Note-se, o dia 22 em alguns estados será feriado apenas para escolas públicas e universidades.
Ainda que seja outono, não esqueça de se preparar para horas frias e com nebulosidade, tanto pela manhã e ao final do dia. A promessa de sol em um país como o nosso pode ser uma armadilha para o cicloturista desavisado.
Maio, por sua vez, começa com o feriado do Dia do Trabalhador (01) que cai em uma sexta-feira. Mas, não esqueça de não marcar nada no final de semana do dia 10, porque é dia das Mães e você não vai querer que a sua mãezinha fique de mal por causa do pedal, né?
O inverno se aproxima e, em junho, dia 4 (quinta-feira), cai o feriado de Corpus Christi, que poderá dar um belo feriado de quatro dias, caso a sexta-feira seja computada. Logo após, as férias escolares brindam quem tem tempo e poderá usar estes dias para pedalar forte pelos caminhos.
Primavera chegando, e em setembro, a comemoração da Independência do Brasil, dia 7, cai em uma segunda-feira. E quem quiser visitar alguns roteiros gaúchos, lembre que 20 de setembro, dia em homenagem à Revolução Farroupilha, cai justamente em um domingo.
Vamos chegar ao mês de outubro, e o dia 12, em comemoração à padroeira do Brasil, cai em uma segunda-feira e logo após, o dia do professor (15) poderá ser arrastado para sexta-feira a fim de culminar em um bom feriado. Vale a pena olhar com cuidado as agendas estaduais.
Terminando o ano, no mês de novembro, o dia de Finados cai numa segunda-feira (02), a homenagem à Proclamação da República, dia 15 (domingo) e o dia 20, em homenagem à Consciência Negra, cai numa sexta-feira, sendo que em alguns estados não se trata de um feriado formal.
As datas estão aí. Várias alternativas para ir para a estrada, trilhas ou até mesmo, curtir a cidade. Então, organize seu grupo, acomode sua agenda e vamos ao pedal.
Fonte: Revista Bicicleta por Therbio Felipe M. Cezar



Ciclismo e dores no joelho

O portal Race Consultoria Esportiva publicou um artigo de Dr. Clauber falando sobre ciclismo e dores no joelho. Leia no link original: http://www.race.com.br/pagina.asp?cod=6492.

Segue abaixo as dicas do Dr.

Vários estudos em atletas mostram que as lesões do joelho, incluindo a dor anterior e a síndrome patelo-femoral, são as lesões por sobrecarga mais comuns atendidas nos centros de medicina esportiva.
As lesões por sobrecarga acontecem quando o tecido é submetido a carga repetitiva em nível submáximo, levando a fadiga. Quando não acontece recuperação adequada, ocorre resposta inflamatória, com liberação de substâncias vasoativas, células inflamatórias e enzimas, com consequente dano ao tecido, eventualmente configurando lesão clínica evidente.
Nos casos crônicos, a atividade repetitiva produz mudanças degenerativas, levando a fraqueza, perda de flexibilidade e dor músculo-esquelética.
As causas de dor no joelho no ciclismo são basicamente devidas a: Fatores Anatômicos, Problemas no Ajuste da Bicicleta e Erros de Treinamento.
Como exemplos de Fatores Anatômicos temos:
  • Assimetria dos membros inferiores levando a dor na banda iliotibial e posterior, devido ao consequente alongamento no membro mais curto, a cada pedalada.
  • Pelve larga (comum em mulheres), aumenta o estresse lateral no joelho.
  • Pés planos e pronação exagerada, relacionado a dor medial do joelho.
  • Fraqueza dos músculos quadríceps, isquiotibiais, flexores do quadril e glúteos, com consequente técnica ineficiente e sobrecarga.
  • Falta de flexibilidade dos membros inferiores, levando a síndrome da banda iliotibial.

O Ajuste da bicicleta é primordial:

  • O selim alto demais ou muito para atrás ocasiona extensão exagerada do joelho, irritando a banda iliotibial, estressando o tendão do bíceps femoral, sobrecarregando a articulação patelo-femoral e gerando dor posterior no joelho.
  • O selim baixo demais ou muito para frente gera hiperflexão do joelho, com dor anterior e estresse dos tendões patelar e quadricipital.
  • A rotação interna do taquinho leva a estresse anterior e lateral do joelho e a rotação externa a estresse medial.
  • Como Erros de Treinamento ressaltamos:
  • Aumento muito rápido no volume e/ou intensidade de treinamento.
  • Excessivo treinamento de subida.
  • Excessivo treinamento com cadência baixa e de força elevada.
Consulte o médico especialista se você apresenta dor no joelho no ciclismo, com o diagnóstico adequado, estarão assegurados o tratamento e a prevenção de futuras lesões."

Fonte: Por www.race.com.br

Projeto Pedalando na Cidade

Durante quatro meses, o projeto Pedalando na Cidade ouviu e conheceu histórias e experiências de diferentes pessoas que utilizam a bicicleta. O resultado foi uma perspectiva diferente sobre a importância da bicicleta como meio de transporte na cidade.
Você pode fazer o download do relatório final em http://www.pedalandonacidade.com.br/